Fundado aos 19 dias de mês de
Janeiro de 1993, desde então decorreram 18 anos. Sempre participando ativamente
da Semana Farroupilha no município de Ijuí, e tendo como ponto forte as
invernadas artísticas mirim e Juvenil, O Velho Vargas, apesar de passar por um
momento muito difícil em sua trajetória, não desiste de lutar pelos seus
ideais. Hoje estamos sem teto, pois nosso galpão crioulo, onde tantas vezes nos
reunimos para matear, ouvir e dançar a nossa boa musica gaúcha, saborear as
iguarias da culinária campeira, está em reconstrução. Tudo por causa de um dito vendaval, que danificou toda a estrutura física. Isso impede que continuemos normalmente com nossas atividades
e nos traz prejuízos, uma vez que impossibilita-nos de promover eventos,
comprometendo a subsistência financeira da entidade.
Nossas crianças -que nos entrelaçam
a esta entidade - já tão tem mais onde dançar, brincar e curtir a alegria de sua
doce infância. Pois o CTG é, para muitos deles, a única forma de inserção
social que lhes resta, além da escola. Pois a moderna sociedade, com tanta
mídia e formas avançadas de comunicação, celular, internet, nos faz sentir tão
isolados, tão distantes um do outro, e por incrível que pareça, as relações
humanas se tornaram superficiais. No CTG somos uma grande família, e ao reviver o
passado, trabalhamos irmanados em ideais comuns. Enquanto as crianças aprendem
as danças, usos e costumes tradicionais. fazem amizades, aprendem a
respeitar o outro e viver em sociedae. Aprendem a tomar chimarrão, pois a o
mundo afora lhe induz a outras opções, há outros tipos de ervas por aí, cujo
fim da história nem precisa falar...
Se vires o brilho nos olhos de
uma criança, que veste sua pilcha, adquirida com o labor de seus pais, ao
cuidar a chama ali na praça, certamente que vais se admirar. Se puderes sentir
a importância que tem para aquela criança que ali está, que se orgulha em desfilar
no 20 de setembro, certamente que vais repensar a tua vida.
A semana farroupilha se aproxima,
e vamos reviver a epopéia dos gaúchos que fizeram desta terra um marco de
lutas. Vamos relembrar as tradições que
fizeram de nós um povo hospitaleiro, leal, trabalhador, honesto e sobretudo,
amigo dos amigos. Já dizia o cantor “amizade, é dom divino da paz...”mas que
paz podemos dizer que temos, se nosso espírito se inquieta e se perturba, pois
não temos nosso CTG para acender a chama crioula da tradição de bem viver,
entre amigos e irmãos, mais que tudo, “gaúchos de corpo alma e coração”. Em se
tratando de entidade tradicionalista, esta condição por si só atesta o seu
grande valor social e cultural na sociedade sul rio-grandense, como consta no
Estatuto Social da mesma, em seu capítulo 1, Artigo 4. E por sua vez atua em
consonância com a “Carta de Princípios” do MTG. Embasando-se na concepção de
que “um filho só é educado se a educação parte de casa, tendo bons parâmetros e
boa base, e assim é com a tradição, onde só haverá bons tradicionalistas se a
base for boa, porque defendemos um legado que nem sempre todos vivem tal como
qual, por isso dependemos da historia para nos referenciar e se não a
conhecemos precisamos que alguém nos oriente. Fundamenta-se aí a missão dos
CTG’s, o que nós aqui fazemos ao trabalhar voluntariamente, por ideais, com um
contingente de no mínimo trinta crianças e adolescentes, que compõem as nossas
invernadas mirim e juvenil, ponto de partida e referencia para os demais campos
de atuação de nossa entidade.
Defendemos o tradicionalismo como
forma de manter viva essa historia construída por nossos ancestrais, cientes de
que não são regras que fazem um bom gaúcho e sim seu caráter e outros valores
como respeito, humanidade, dignidade e acima de tudo amor e apego as coisas do
pago, valores estes que procuramos inculcar na consciência dos que convivem
conosco e, principalmente, daqueles cidadãos em formação, as crianças e jovens,
vulneráveis ás mazelas desta sociedade corrompida pelas drogas e a violência.
Assim sendo, apregoamos o valor inconteste de nossa instituição para com o
município, o estado e para com a nação brasileira.